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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crônicas da Cidade


Crônicas da Cidade, trata-se de pequenas estórias ubatubenses, retratados pelos nossos ilustres autores que através dos seus relatos, conseguem transmitir com humor, uma Ubatuba nos tempos mais remotos e uma Ubatuba nos tempos atuais.


Só Tem Corvina!!!

Por Fátima Aparecida de Souza

            Nos anos quarenta, o mundo se via às voltas com a segunda guerra mundial.  Por aqui, isso era conversa para intelectual e político que sabia ler e escrever.
            O dia estava amanhecendo. Depois de pescar a noite toda, já era hora de regressar. A canoa abastecida de corvina; deixava meio desanimado; os dois pescadores que torciam pela pescaria de outros peixes de melhor aceitação, uma vez que a corvina era tanta que ninguém mais agüentava falar sobre ela.
            Estavam lá pelos lados das Couves; lugar de peixe grande e de mar perigoso.
            Tibúrcio, que remava na proa da canoa, gritou para o companheiro: - Marciano, olhe a tintureira, se deite na canoa ela ta vindo pra cima de nóis!
            Foi então que o mar se abriu, jogando água para todos os lados. Tibúrcio também se jogou na canoa, para que esse medonho cação não o visse, uma vez que acreditava que a tintureira caça suas vítimas pela sombra refletida na água.
            Como que por milagre, um enorme peixe de aço boiou na frente dos dois. Era um submarino japonês.
            Do casco do navio abriu-se uma escotilha. Um homem apareceu e começou a acenar para os amedrontados pescadores. Não vendo resultado gritou o japonês: - Banzai San!!! Marciano passou a mão num peixe, ergueu-se na canoa e gritou de volta:- Só tem corvina!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ser velho, é ser mais moço a mais tempo

Sou contra violência à pessoa Idosa

Redação
      por Lili Rebuá


         É impressionante como a expectativa de vida nos últimos vinte anos tem aumentado e, com isso, a proporção de idosos na população também tem crescido.
        Como os jovens de hoje serão os idosos no amanhã, deveremos assegurar-lhes no futuro bem próximo, uma melhor qualidade de vida, como também, a dignidade e o respeito que os nossos velhinhos merecem.
        Para alcançar este sonho, teremos que exercitar mais para por logo em prática todos os projetos que envolvem esta questão, aplicando as soluções aos idosos de hoje, como aliás, já vem acontecendo, com o passe livre nas lotações de transporte, filas exclusivas nas agências bancárias e etc...É o mínimo, mas já é um grande começo para abranger outros ideais de melhorias, afinal,eles acumularam muitas experiências e têm muito a nos ensinar... E a violência então? Nem pensar!!!
        Ser velho, é ser mais moço a mais tempo! E abaixo, a tortura à pessoa idosa!

domingo, 19 de junho de 2011

Recôntido da Alma



A coordenação motora relutava
Em dirigir-se de encontros
Aos desencontros da vida.
O visual vestia-se embaraçado
Em corte costura remanescente,
Alinhavando o que restara das sobras.
As cordas vocais emitiam
Frases desconexas, palavras confusas
E assuntos inacabados.
O olhar mortiço úmido insistia
Um pranto entrecortado entre soluços
Ou em plena difusão retumbante.
Haja lágrimas pra chorar
Nas finalidades de cada existência perdida!
A vida se esvai em silencio de partida,
Mas a dor permanece ainda escondida
No recôndito de minh’alma.

Lili Rebuá

sábado, 18 de junho de 2011

Crõnicas da Cidade

Crônicas da Cidade, trata-se de pequenas estórias ubatubenses, retratados pelos nossos ilustres autores que através dos seus relatos, conseguem transmitir com humor, uma Ubatuba nos tempos mais remotos e uma Ubatuba nos tempos atuais.

RANCHO DOS SKATES
Por Júlio César Mendes
      
    Sempre ao entardecer, depois da pescaria e das vendas dos peixes, depois da lavagem nas canoas, dos entralhos e remendos nas redes, depois da varrida em volta do velho ranchinho, enfim, depois de cumprirem o cotidiano e a lida do dia-a-dia, Fifo e Alfredo Vieira, sentavam aos pés dos abricoteiros e punham conversa fora: contavam casos, relembravam acontecimentos, planejavam pescarias e, de todos os sentimentos, eles falavam sobre o futuro. O que seria o futuro?
Das coisas materiais o que eles tinham de mais precioso era o velho ranchinho, pois foi ali que eles cresceram, sustentaram suas famílias, educaram seus filhos...O velho ranchinho abrigava suas canoas, seus remos, seus balaios, suas redes, seus anzóis...foi o velho ranchinho que garantiu suas subsistências, suas dignidades.
    
        -Não tem jeito, compadre! Um dia vamos perder nosso ranchinho! Falou Fifo.
        -Ééééé compadre! Deveriam fazer uma homenagem a ele coloca o nome da praça!
        -Ééééé compadre, se eu fosse doutor ou fosse um político, talvez a praça teria o seu nome!
        -Ëéééé compadre! Ta lá o exemplo. Homenagearam Santos Dumont! Lá no Perequê a avenida tem o nome do governador Abreu Sodré, tem rua com nome de Pandareco e Marechar Pisca o disco...
        -Nào é Pisca o disco compadre; é Marechal Pilsudski e não é Pandareco e sim Paderewsky.
        -É esse mesmo compadre! Em vez de a rua ter o nome desse tar de Piscodisco, que nunca ninguém viu, deveria ter o nome do saudoso Benedito Hilário, grande fazedor de balaio e o maior pescador de garoupa de Ubatuba; ele era dono daquela terra toda lá!
        -Ééééé compadre! Não esquente a cabeça com isso e pode ter certeza que quando nós morrer, vão quebrar nosso ranchinho, vão cortar nosso abricoteiro e até os guaroçás terão que se mandar daqui, e pode ter certeza que nunca lembrarão de nós.
        -Ééééé compadre! Você disse bem! Só depois que nós morrer, por que enquanto eu for vivo, ninguém encosta no meu ranchinho, e se vão lembrar de nós ou não, não faz mal!
        A conversa continuou por muito tempo entre os dois compadres; foram dias, mesese anos... a conversa voava pelas nuvens, canoava além do horizonte do mar diante de seus olhos, vagava pelos tempos e se deparava com a incerteza do futuro. O que seria deles? O que seria de seus velhos ranchinhos? O que fariam naquele local?
        O tempo passa e a velhice chega... Chegam também a morte e a matéria do homem vira pó. Nunca jamais devemos esquecer desses homens, mesmo que não tenham sido doutores, políticos ou militares e sim por que foram homens que fizeram parte da história do povo caiçara, ajudaram e desenvolver a cidade e deixaram raízes; estão aí seus filhos, seus netos, seu povo; o povo caiçara.
        Pois é amigo Fifo, amigo Alfredo Vieira! Vocês imaginavam que ali no lugar dos seus velhos ranchinhos construiriam uma pista de skate, uma ciclovia, uma obra de lazer e descontração???
       –Vocês imaginavam isso? Talvez não! Mas acredito que vocês gostaram e que estão felizes por saberem que no local do velho ranchinho, crianças irão se divertirem e passarão o tempo em atividades físicas, praticarão esportes, e muitos deles, com certeza estarão fora do mundo das drogas e dos vícios.
        Amigo Fifo, amigo Alfredo Vieira; tenho certeza que aonde quer que vocês estejam, vocês estão contentes e mais contentes ainda, vocês ficariam se a pista de skate, recebesse o nome de vocês. Quem sabe os doutores políticos homenageiem os caiçaras doutores dos mares, colocando um singelo monumento dizendo;
RANCHO DOS SKATES “JOÃO SERPA E ALFREDO VIEIRA”.

sábado, 11 de junho de 2011

Crônicas da Cidade: ORATÓRIO DOS PEIXES


            Crônicas da Cidade, trata-se de pequenas estórias ubatubenses, retratados pelos nossos ilustres autores que através dos seus relatos, conseguem transmitir com humor, uma Ubatuba nos tempos mais remotos e uma Ubatuba nos tempos atuais.
Por Fátima Aparecida de Souza
                                                                                                                          
           
                                                                                                                       (Ilustr: Lili Rebuá)

            Virgínio era um desses sujeitos que, não se sabe por que cargas d’água, acabara-se sozinho na vida. Os mais antigos caiçaras diziam que esse tipo de pessoa que acaba solitária, geralmente sempre brincou de viver, nunca assumiu sua realidade.
            Pescava, jogava truco com camaradas de rede, morava numa casa de pau-a-pique esburacada, que sempre adiava para arrumar e quando ventava, balançava muito; mais nada que algumas folhas de bananeiras não dessem jeito.
            Religioso, era capelão como fora seu pai. Sua fortuna era um oratório enorme cheio de imagens de santo, herança dos antepassados, uma tarimba com um colchão de capimbecá e um fogão de lenha. Além de um bando de gatos com quem dividia o pouco espaço.
            Um dia, depois de uma pescaria, em que deu para encher três samburás de pampo, voltou para casa, preparou uns dois peixes para comer e não sabia o que fazer com o resto, pois era muito. Dividir com os outros? Mais custa, quem quisesse que fosse pescar! Naquele tempo, geladeira era coisa de ficção. Se deixasse os peixes ali, os gatos fariam festa. Uma idéia passou lhe passou pela cabeça, também ninguém ia ficar sabendo mesmo. Pegou os peixes e ajeitou dentro do oratório e saiu para jogar truco no armazém do Jaca.
            Era janeiro, o calor começou a mexer com os peixes dentro do oratório, exalando forte o cheiro de peixe por todos os lados. Atiçando, assim, seus gatos e todos os bichanos da redondeza. Por tudo quanto era buraco da parede entrava gato. Saquearam o oratório sem dó e piedade. Quando Virgínio voltou a estrela d’alva já brotava no morro do cais. Empurrou a porta, acendeu a lamparina e quase teve um treco quando viu um de seus santinhos abraçados com um dos seus pampos.      

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Luis Martins - Tragédia concretista


AS CEM MELHORES CRÔNICAS
BRASILEIRAS

O poeta concretista acordou inspirado. Sonhara a noite toda com a namorada. E pensou: lábio,lábia. O lábio em que pensou era o da namorada, a lábia era a própria. Em todo caso, na pior das hipóteses, já tinha um bom começo de poema. Todavia, cada vez mais obcecado pela lembrança daqueles lábios, achou que podia aproveitar a sua lábia e, provisoriamente desinteressado da poesia pura, resolveu telefonar à criatura amada, na esperança e maiores intimidades e vantagens. Até os poetas concretistas podem ser homens práticos.
                Como, porém, transmitir a mensagem amorosa em termos vulgares, de toda gente, se era um poeta concretista e nisso justamente residia (segundo julgava) todo o seu prestígio aos olhos das moças? Tinha que fazer um poema. A moça chamava-se Ema, era fácil. Discou. Assim que ouviu, do outro lado da linha, o “alô”  sonolento do objeto amado, foi logo disparando:
                - Ema. Amo. Amas?
                -Como? –surpreendeu a jovem. – Quem fala?
                - Falo. Falas. Falemos.
                A pequena, julgando-se vítima de um “trote”, desligou violentamente, não antes de perpetrar, sem querer um precioso “hai-kai concretista:
                - Basta, besta!
                O poeta ficou fulminado. Não podia, não podia compreender. Sofreu, que também os concretistas sofre; estava realmente apaixonado, que também os concretistas se apaixonam, quando são jovens – e todo poeta concretista é jovem. Não tinha lábia. Não teria os lábios. Por que não viajar para Líbia? Desaparecer, sumir... Sentia-se profundamente desgraçado, inútil. Um triste. Um traste.
                O consolo possível era a poesia. Sentou-se e escreveu:
                “Bela. Bola. Bala.”
                O que traduzindo em vulgar, vem a dar nesta banalidade: “ A minha bela, não me dá bola. Isto acaba em bala.”
                Não acabou, naturalmente. Tomou uma bebedeira e tratou  de achar outra namorada, a quem dedicou um soneto parnasiano. Foi a conta. Casaram-se e são muito falazes... oh! Perdão: felizes.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Substituta

 Crônicas Divertidas



Crianças pequenas que falam errado certas palavras, ou trocam umas pelas outras,  fica muito engraçado e divertido

Como de costume, sempre que nossa filha chegava da escola seu pai sempre a perguntava como tinha sido o seu dia na escola. Mas certa vez, ela chegou muito chateadinha da escola e seu pai foi logo perguntando:
    - Oi querida, como foi à aula hoje? – e ela respondeu muito chateada.
    - Ah pai, hoje não foi muito legal.
    - Mas por que filhinha? Perguntou o pai intrigado
    - E ela respondeu desanimada...
    - É que a professora faltou e uma “prostituta” muito da chata foi que deu aula prá gente hoje... Dá para imaginar!?!
 Na época ela tinha uns cinco anos de idade e ficara muito sem graça quando explicamos o verdadeiro significado da palavra.rs.rs...


Lili Rebuá

Cronicas da Cidade - Ubatuba

ENCONTRO

Autora: Dirce Marangoni

       
     O caixão já fechado, evitou aquele impacto de ter que se olhar o defunto pálido no meio das flores, sob o véu roxo, o terço entre os dedos...
           –Fulana, como vai? Há quanto tempo... Faz já dois anos que nos encontramos... Foi na missa de sétimo dia de sicrano... Pois é, a vida é assim mesmo... descansou... depois de tanto sofrimento...
A conversa de sempre, os parentes de sempre que só se encontram nesta triste hora.            A tarde estava tão bonita, um pouco fria, um céu cor de rosa, tudo calmo, ninguém chorando, nem a viúva, com aquele ar resignado, parecendo mesmo, de um certo alívio.          Também, mais de ano, com aquela doença, minando aos poucos, desenganado, neurastênico, irascivo mesmo, difícil de suportar, foi até uma bênção seu pensamento.      No horário marcado, carregando o caixão, filhos e amigos mais chegados...
 Como o túmulo era no outro extremo do cemitério, o trajeto do velório até lá, foi lento.
O cortejo seguia aos grupos, relembrando algumas passagens da vida, que nem tinham nada a ver com o morto.
 –Você recorda o dia que caiu do bonde? E a vez que ficou presa no elevador, duas horas, só você e o negão ascensorista? A conversa seguia neste ritmo descontraído, uns risinhos abafados...
Prazer do reencontro, dos parentes, dos amigos de longa data.
Descida do caixão, filhos, esposa, jogavam sua pá de terra e aquela frase voltada à memória: “Do pó vieste, à ele voltarás!”
Dando por falta do tio, procuraram e ele se achava atrás de um belo túmulo, todo em mármore preto, Família Pastore.
E o tio, com muito respeito, pedindo licença e desculpando-se, mas precisava com urgência se desaguar, e ali era um lugarzinho providencial.
Quando voltava, outro velhinho, também apertado, procurava um local adequado. O tio apontou-lhe o cantinho, deu uma piscada e saiu para se despedir dos últimos retardatários. Bem, como não deu para pôr as fofocas em dia, um grupo se reuniu e a noite terminou numa bela cantina do Brás, com direito a música italiana, cantada por um japonês, mágicas do garçom e por fim, um freguês posto na rua, porquê queria beber no balcão. Um grande aviso dizia: “Não servimos bebida no balcão, não insista.” E ele insistiu...
Pra terminar aquele dia, nada como uma brigazinha das boas, nada de tiros, nem facadas, só uns sopapos bem dados, escorregões no molhado, muitas risadas e quando perguntaram ao porteiro, o que aconteceu com os dois rapazes e ele respondeu:
-Que rapaz? Não sei de nada... O que foi? 


Conto premiado em sua 4a edição em 2o lugar no Concurso Washington de Oliveira
                                                Fundart -Ubatuba      

quarta-feira, 8 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Artesanato Tradicional



Por Lili Rebuá


Existem muitos de artesãos em Ubatuba, produzindo entalhe, trançado, cestaria e escultura em madeira. Os mais tradicionais utilizam cores vivas sobre peças de cerâmica ou madeira que modeladas e estruturadas com as mesmas formas desenvolvidas por seus antepassados, resultam em trabalhos mais vibrantes e alegres.


O comércio local é mais concentrado nas lojas do centro e nos “sertões” em pontos estratégicos por todo município.Ubatuba vem participando de feiras e exposições em vários Estados do Brasil, expondo seus trabalhos desenvolvida por várias gerações caiçara.



CESTARIA - Tamanhos variados com finalidades diferentes, os cestos são feitos de taquara, imbé e palha em tramas abertas ou fechadas dependendo da inspiração de quem faz. Em cada bairro há um tipo de trabalho. No Sertão da Quina a trama trabalhada é aberta e leve. No Sertão do Araribá,Almada e Ubatumirim, o trabalho e exclusivamente o cesto grande ou pequeno. No Ipiranguinha o forte é a peneira e no Perequê-Açú, as trabalhos é basicamente as cestinhas com tampa e abajures de vários modelos.


TRANÇADO - Os trabalhos trançados da região podem ser encontrados no Sertão da Quina, Toninhas, Itaguá, Morro das Moças, Marafunda e Ipiranguinha. O trançado feito de imbira é extraído da mata exigindo esforço no corte e o processo de secagem acabam encarecendo o trabalho. No mangue são extraídos a palha e a taboa e o resultados são porta-vasos, tapetes, redes etc.






MADEIRA - No bairro Casanga são encontrados facões, foices, machados, gamelas, trabucos, machados, pilões e móveis rústicos. Enfim o artesanato em madeira ubatubano é basicamente composto em madeira - Os temas geralmente são inspirados na natureza, como as flores e animais.As imagens de santos são feitas em guacá, bicuíba, louro, cajarana e guairana. No bairro do Taquaral você pode encontrar esculturas, entalhes e móveis rústicos.


ARTESANATO INDÍGENA - Há mais de 40 anos os índios guaranis expõem seus trabalhos artesanais na rodovia Rio-Santos, próximo à cachoeira do Promirim. São produtos como balaios, cestos, arco-e-flecha, machadinha, chocalhos, colares de penas, conchas e contas, utilizando o cipó, o imbé e a taquara. Recentemente a Prefeitura de Ubatuba vem analisando em conjunto com os índios da Aldeia Boa Vista, um projeto de aproveitamento do potencial da aldeia. A ideia é criar um receptivo turístico para a visitação do local e comercialização do artesanato ali produzido. A construção de um pequeno açude também servirá como atração.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ensaio



Tem que saber jogar com os poderes divinos

Tem que ser campeão na vida afetiva

Tem que controlar os impulsos suspeitos

Tem que acertar os passos errantes

Tem que criar situações mirabolantes

Tem que tocar o barco nas ondas vultosas

Tem que afinar a vida e dar a ela:
Uma canção esperta do Tom Jobim
nas tardes de domingo.

Mais romance com beijos de namorado
dos corações partidos.

Mais frutos nos pomares e flores
nos jardins dos esquecidos

Mais peixes no mar e pães
nas mesas dos desvalidos

E finalmente, dar mais sentido à vida
com ideias mais coloridas
para assim atingirmos o tal final feliz

Lili Rebuá



sexta-feira, 3 de junho de 2011

FESTAS E DANÇAS POPULARES

por Lili Rebuá

A questão da identidade do povo brasileiro está sempre presente nas discussões culturais. As pessoas de idade, estimuladas, lembram fatos interessantes, revelando um pouco mais quem somos. Café coado com garapa, vassoura de guanxuma para varrer o quintal, travesseiro de macela, visita regular a benzedeira, enfim, uma lista de conhecimentos próprios do povo. A dedicação de poucos e alguns artesanatos, mantém vivas as atividades populares.As festas tradicionais e populares de Ubatuba podem ser vistas na ocasião dos festejos populares. Nestas oportunidades são apresentadas festas, danças e comidas típicas.


FESTA DO DIVINO


Filhos e netos de antigos foliões, essas pessoas levam consigo a arte e a cultura de um povo que resiste a tantas mudanças, a Cultura Caiçara.

A Festa do Divino Espírito Santo ou Festa de Pentecostes é realizada, representada por uma pomba, e possuidor de sete dons (Sabedoria, Entendimento, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus). Daí a representação da pomba com sete fitas coloridas. A cor vermelha, predominante tanto nas flores como nos andores, representa a luz e amor, da qual o Divino é portador,
Trazida de Portugal pela rainha Isabel, nos fins do século XVII. A história conta que após um sonho onde Deus a mandava realizar tal festividade. A Festa do Divino, é uma das mais antigas tradições profano-religiosas do Brasil. Graças à nova mentalidade da igreja e ao esforço dos festeiros, a Folia do Divino é hoje das maiores festas religiosas de Ubatuba realizada todo mês de julho.


FESTA DE SÃO PEDRO PESCADOR

A festa de São Pedro acontece todo dia 29 de junho, com a grande participação da comunidade. Na procissão Marítima, os barcos saem inteiramente enfeitados, dando um colorido especial à festa.
A tradição foi iniciada desde 1923, aonde os pescadores vinham do alto mar com seus barcos lotados de tainhas. A reunião dos pescadores com o povo se davam na Barra dos Pescadores, distribuindo o peixe pescado, pois a maior intenção deles era homenagear o santo, através da fé.
Hoje, dentre a festividades ocorrem: corrida das canoas, realizada na praia do Cruzeiro, procissões terrestre e marítima, concurso da Rainha dos Pescadores, benção dos anzóis, missa campal e a grande queima de fogos.Sem contar ainda com a famosa tainha na brasa e outros pratos típicos da festa.
A festa é uma realização da Prefeitura Municipal de Ubatuba por meio da FundArt em parceria com a Paróquia Exaltação da Santa Cruz, Colônia de Pescadores Z10, Associação dos Amigos e Remadores da Canoa Caiçara – AARCCA e Fundo Social de Solidariedade. O patrocínio é do Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria da Cultura e Companhia Municipal de Turismo – COMTUR.

FEIRA DAS NAÇÕES
A Feira das Nações é sem dúvida um evento bem marcante em Ubatuba, incentivada por grande parte das instituições oficiais e entidades filantrópica, como a Casa Paroquial, Lar Vicentino, APAE e outros. As barracas são bem decoradas representando diversos países num festival gastronômico com seus pratos típicos. Lá você poderá experimentar a deliciosa “paella” espanhola, um autêntico espaguete italiano, uma legítima salsicha alemã, ou ainda uma apetitosa bacalhoada portuguesa. A feira também apresenta shows artísticos e folclóricos tornando o evento mais interessante. Ubatuba vem recebendo visitantes de toda parte, tornando as barracas bem concorridas. A renda é revertida para a comunidade carente do município. A Feira das Nações é realizada entre os meses de outubro e novembro na Av. Iperoig.

Juíza usa sua própria história para desmascarar as falácias da tão propalada meritocracia.


Símbolo da resistência

Ana Júlia discursou na quarta-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para defender a legitimidade das ocupações de escolas como forma de luta pela qualidade da educação pública.
Segundo a ombudsman da Folha, uma espécie de ouvidora que atua sob a perspectiva dos leitores do jornal, a cobertura da imprensa é tímida para a dimensão da luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio (MP 746) e contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação por 20 anos.

Do Canal O Mundo segundo Ana Roxo


Explicações simples para assuntos complexos 

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